Depois de comerem e beberem feito uns condenados no churrasco na casa de Cleoncio no dia anterior, alguns malucos acharam que uma boa maneira de curar a ressaca e encerrar o fim de semana em grande estilo seria fazendo uma coisa diferente do que estamos acostumados a fazer. Então o que seria mais diferente do que ir até Bonito, conhecer as cachoeiras de lá e, de quebra, fazer um rapel?!
Pois foi isso que aconteceu, logo as seis e meia da manhã a galera já estava concentrada na casa de Matheus para ir até a praça do Derby que era onde pegaríamos a van para viajar até Bonito, que fica há umas 3 horas de distância de Recife. Ótima oportunidade para tirar um cochilo e tentar recuperar as energias que, mais tarde, se mostrariam bem necessárias para aguentar o tranco!
Chegando onde a cachoeira Véu da Noiva fica, tivemos que pagar uma taxa de $2 reais e logo estávamos nos aventurando por uma trilha no meio do mato que, convenhamos, mas parecia uma plantação de maconha (o que eu não duvido nada de fato ser uma). Pouco mais de uma hora de caminhada, passando arriscadamente perto de arames farpados, encontrando com alguns saguis e cruzando algumas cachoeiras, finalmente chegamos ao local do rapel! =D
Aí o jeito foi esperar nossa vez. Os preparativos foram bem tensos graça ao tamanho avantajado da minha cabeça, foi um verdadeiro sacrifício conseguir que o capacete fechasse nela! Por um momento até pensei que não poderia mais fazer o rapel, mas Will com a ajuda de Manu, depois de muito tentarem, conseguiram fazer com que o capacete coubesse nela! =D
Eu nasci com algumas poucas habilidades mas definitivamente fazer rapel não foi uma delas, como logo você perceberá vendo as fotos da descida, fui o único que saí ferido da parada, é só reparar o meu joelho ralado e com um apelido carinhoso “Cab Pernas Bambas”. Cleoncio também inventou de descer pulando e acabou se estatelando na cachoeira, mas sem maiores ferimentos. Manu e Bira não foram os mais velozes do mundo, mas pelo menos conseguiram chegar são e salvos lá embaixo. Depois deles, ainda desceram Sandrinha e Gordilho que mais pareciam profissionais e Arinha e Matheus, o qual tem medo de altura. Mas acho que a segurança de estar ao lado de Ara (que por sinal tinha a maior pinta de profissional) deixou ele tranquilo o suficiente para conseguir descer a cachoeira também sem maiores problemas. =)
Parece fácil, mas pense num negócio cansativo (é só reparar nas fotos da volta onde todos estão dormindo), mas acho que isso ocorreu porque todos estávamos tensos com a parada e assim fazíamos muito mais força do que o necessário, Bira ainda arranjou forças para descer a cachoeira de novo, dessa vez bem mais rápido que a primeira tentativa. Feito isso, fomos à van onde partimos de volta para Recife, mas não sem antes parar no Rei das Coxinhas.
Depois continuamos nossa viagem emocionante, sim, porque foi um verdadeiro milagre termos chegados vivos em Recife, visto que o nosso motorista pensava que era Michael Schumacher e estava num circuito fechado! Ele usava a contra-mão para fazer curvas fechadas e ultrapassava em qualquer ponto, coitada das motos que vinham pelo outro lado, que tinham que ir para o acostamento para não serem atropeladas! Acho que o trajeto da van também fazia parte do pacote da aventura, emoção desnecessária. Mas ainda bem tudo deu certo e chegamos vivos em nossas casas, com uma lembrança bem legal da aventura que tivemos. Enfim, chega de papo, confira todas as fotos e até o próximo rapel, ou não. =P