Ahh a ociosidade, é ela a grande culpada por grande parte das merdas que o ser humano costuma fazer, ou você acha mesmo que um tal de Hitler resolveria declarar guerra contra todo mundo e cometer todas as atrocidades que fez se tivesse uma namorada ou estudando para uma prova?! Pois é…
Mas voltando ao assunto, não sei bem de onde partiu a ideia, provavelmente em uma mesa de bar, mas segundo Matheus seria legal ir daqui de casa (em Piedade) até Porto de Galinhas andando e foi o que eu, ele e Pedro Henrique tentamos fazer essa segunda-feira. A odisséia começou bem cedo, as 6 horas da manhã todos os malucos que toparam esse programa já estavam aqui em casa, 6h:42 partíamos da padaria, onde compramos alguns suprimentos e Pedro Henrique tomou o café da manhã para uma caminhada daquelas.
O começo foi um pouco tenso, já que um dos participantes estava com um pequeno problema intestinal e só pôde aliviar isso lááá no pedágio da Ponte do Paiva (quase 1h30 depois de nossa partida). Depois disso a viagem fluiu tranquilamente, com a maré baixinha, foi a maior tranquilidade atravessar a Praia do Paiva que, tirando a gente, não tinha uma alma sequer, afinal, quem estaria numa praia semi-deserta daquelas em plena uma segunda-feira? Só uns desocupados ociosos com nada melhor para fazer mesmo.
O primeiro pit-stop para se hidratar e dar um merecido descanso as pernas veio na Praia de Itapuama, onde gastamos quase $20 em água, inclusive gastamos uns $30 a $40 reais em água na viagem toda, então que fique de lição, próxima vez coloque isso de gasolina e vá no conforto do ar condicionado do seu carro. O melhor em viajar caminhando mesmo é o visual, o litoral sul pernambucano tem praias muito bonitas, só que como estávamos decididos a chegar em Porto de Galinhas ainda no mesmo dia, mal parávamos para apreciá-las para não acabar gastando um precioso tempo.
A nossa jornada chegou ao fim 6 horas depois, as 13h:30 quando chegamos em Suape e tentamos encontrar alguém que fizesse a travessia até Muro Alto, já que como o Porto de Suape é uma área do governo federal, não podíamos pisar lá sobre o risco de sermos presos ou pior. Só que infelizmente o único cara que pareceu disposto a fazer isso cobrou $200 reais, muito acima do nosso orçamento. A outra alternativa era pegar a PE de Suape, só que isso dobraria o caminho e ninguém estava disposto a caminhar na beira de uma estrada vendo apenas canavial como paisagem. O jeito foi aproveitar a famosa casa de Dona Márcia Cab no Paraíso e comer um peixinho para recuperar a energia gasta. =)
Claro que não voltaríamos andando, então estávamos avaliando nossas opções a respeito de qual ônibus pegar para voltar para Recife. Mas ainda bem que Matheus tem uma namorada fera que foi lá com seu irmão buscar a gente em Suape. Com isso a volta foi bem tranquila. Difícil mesmo foi acordar no outro dia semi-paraplégico graças à todo o esforço feito no dia anterior. Mas feliz por ter feito algo bem diferente do normal. =)